Dono do Phoenix1 projeta ter tido prejuízo de US$ 500 mil com LCS
Por conta da dificuldade na obtenção de patrocínios, a direção do Phoenix1, da América do Norte, projeta ter tido prejuízo de US$ 500 mil com a participação na LCS North America Summer 2016, de acordo um dos donos da organização, Michael Moore, em entrevista concedida no podcast Shotcallers.
Segundo o executivo, o atual sistema de rebaixamento da liga profissional de League of Legends afasta os investidores, que hesitam em injetar dinheiro em times que não são tão reconhecidos. Ainda de acordo com Michael, para a disputa do 2º Split, o Phoenix1 só conseguiu patrocinadores que puderam ajudar o time com o envio de produtos, como computadores e periféricos.
O Phoenix1 foi criado após empresários de Hollywood comprarem a vaga na LCS que pertencia ao Team Impulse, em maio deste ano. Em seu primeiro Split, o time terminou a Fase de Classificação em 8º lugar, conseguindo permanecer na elite norte-americana após vitória sobre o Echo Fox, por 3 a 0, no Torneio de Promoção.

Michael Moore acredita que as pessoas estão investindo muito dinheiro e assumindo esse risco "não por causa do lucro imediato, mas pelo valor projetado para o futuro". Na visão do executivo, os investidores pensam da seguinte forma: "vou investir algum dinheiro agora, operar por um tempo, talvez no vermelho, mas espero que no futuro haja lucros".
O dono do Phoenix1 afirmou ainda que a remuneração de seus cyber-atletas é "conservadora" se comparada a dos maiores times do campeonato. Embora os salários façam com que os custos operacionais aumentem, o executivo disse também que o valor da aquisição de uma vaga na liga deveria ser discutido, já que, "diante dos rumores que equipes pagam entre US$ 1 milhão ou US$ 2 milhões, as pessoas assumem que os custos são elevados porque os lucros também são, mas esse não é o caso".
Para que o ecossistema da LCS se torne mais sustentável, o executivo salienta que todos os envolvidos devem começar a tomar medidas e destacou que essas mudanças não acontecerão da noite para o dia.
O depoimento de Michael Moore acontece na semana em que se discutiu, publicamente, o impacto das atualizações no competitivo, a instabilidade do cenário e as restrições da Riot que dificultam a obtenção de patrocínios pelas equipes profissionais de League of Legends.