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Dono do TSM critica instabilidade por causa de patches; criador do LoL rebate

  • Matheus Costa
  • 25 de ago. de 2016
  • 3 min de leitura

O banimento do campeão Aurelion Sol pela Riot Games após bug durante o confronto entre Team SoloMid (TSM) e Counter Logic Gaming (CLG), válido pelas Semifinais da LCS North America Summer 2016, trouxe à tona uma grande discussão sobre as consequências das ações tomadas pela desenvolvedora no cenário competitivo.

Em entrevista ao site The Score eSports, o fundador, dono e ex-Mid Laner do TSM, Andy "Reginald" Dinh, falou sobre o impacto negativo nas competições provocado pelas mudanças de patches e, consequentemente, de metagame.

Para o executivo, as alterações no estilo de jogo causam instabilidade de resultados, o que compromete, inclusive, o investimento de empresas na modalidade.

"É assustador ter um time de e-sports, porque os patches mudam muito. Quando você é dono de uma equipe e os patches mudam de uma forma muito desfavorável para os seus jogadores, então há uma maior chance do time ir mal e ser rebaixado", reclamou Reginald.

Um dos criadores do League of Legends, Marc "Tryndamere" Merrill respondeu as críticas de Reginald no fórum Reddit, acusando-o de ser injusto com os seus jogadores de LoL já que, ao invés de usar o lucro da organização com a equipe, investe em outras modalidades.

"O League atraiu uma enorme quantidade de investidores de fora, que ajudaram os donos das organizações a tornarem suas marcas altamente valorizadas. As grandes equipes são rentáveis. Um dos desafios é quando esses lucros são usados em outras modalidades, ao invés de as organizações continuarem investindo no cenário de LoL e em seus jogadores.

E é isso que causa toda essa instabilidade, algo que a Riot não pode e não deve resolver sozinha", rebateu Tryndamere.

O cofundador da Riot ainda comentou sobre as mudanças dentro do jogo, dizendo que a empresa concorda que, no ano passado, errou no "timing" do lançamento das atualizações pré-Campeonato Mundial e que em 2016 a "prioridade é a saúde do jogo e a experiência do telespectador".

"Nós achamos que as coisas estão funcionando bem com base na grande quantidade de séries jogadas e como elas estão sendo 'sangrentas' em geral. Os treinadores e os donos dos times estão reclamando sobre isso [as mudanças de patches e meta], porque isso torna mais difícil para eles esconderem certos déficits na line-up", escreveu Tryndamere.

Em resposta ao criador do League of Legends, pela rede social, Reginald apontou que a Riot não aumenta o salário dos cyber-atletas desde 2013, não compartilha as receitas de patrocínios com as equipes e ainda expandiu a temporada competitiva, o que levou a um aumento no número de jogos. O executivo ainda argumentou que a LCS dificulta as organizações conseguirem patrocinadores por conta de seu regulamento, que proíbe a exibição de marcas.

"O cronograma da LCS criou uma crise para os jogadores, ao tomar quase todo o tempo disponível deles, que simplesmente não possuem mais tempo ou energia para fazerem outras atividades para ganhar dinheiro, como participar de eventos de patrocinadores, criação de conteúdo e streaming", escreveu Reginald no Twitter.

O dono da equipe de League of Legends mais vitoriosa da América do Norte disse ainda que está aberto para trabalhar com a Riot para fazer as coisas melhorarem com os donos das outras organizações, investidores e jogadores, mas que o "poder real para corrigir esta situação está nas mãos da empresa".

"Eles podem compartilhar as receitas com patrocínio e transmissões, promover e expandir a venda de itens no jogo, compartilhando esse lucro, e criar um grande programa de merchandising para vender artigos dos jogadores e times em sua loja online", comentou Reginald.

A diretora-executiva do H2k-Gaming, Susan Tully; um dos donos do Renegades, o comentarista Christopher "MonteCristo" Mykles; e um dos sócios do Enemy eSports, Robert "Chachi" Stemmler, também criticaram o quanto as decisões da Riot influenciam de forma negativa na saúde financeira das organizações que investem na modalidade.

"É importante para o ecossistema do e-sport ter uma estabilidade financeira, o que não acontece com o sistema de rebaixamento da liga. É preciso um grande esforço pessoal como também um grande aporte financeiro para fazer uma equipe de sucesso. Sem estabilidade, haverá menos dinheiro na indústira, o que prejudica não só a organizações mas como também os jogadores e os fãs", disse Susan no fórum Reddit.

Em vídeo, MonteCristo afirmou que a atual política adotada pela Riot Games, sobre como e onde os times podem exibir seus patrocinadores, não apena limita o investimento feito pelas marcas como também faz com que a LCS seja uma opção menos atraente para potenciais novos patrocinadores.

 
 
 

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