Valve restringe comunicação de técnicos em torneios de CS:GO
Os treinadores das equipes de Counter-Strike Global Offensive não poderão mais se comunicar com os cyber-atletas durante as partidas dos majors, os principais campeonatos da modalidade.
O site HLTV.org revelou a limitação aos treinadores, pois teve acesso a um e-mail enviado pela ESL às equipes profissionais. A medida passará a valer já na ESL One New York, que será realizada nos dias 1º e 2 de outubro, em Nova York, nos Estados Unidos. Apesar de o torneio não ser major, a ESL vai adotar a restrição.
Com isso, os técnicos, que antes podiam falar a qualquer momento do jogo, só poderão dar instruções no aquecimento antes de o duelo começar, na mudança de lado e nas "pausas táticas", que serão quatro por partida, de 30 segundos cada, podendo ser solicitadas pelo coach ou pelo jogador.

Treinadores não poderão falar com jogadores durante as partidas (Foto: HLTV.org)
No comunicado, a Valve justificou a medida dizendo que atualmente o treinador tem uma capacidade muito grande de interferir nos resultados das partidas.
"Com a comunicação irrestrita com os cyber-atletas, os treinadores atualmente funcionam como um sexto jogador, e não apenas como fontes de orientação ou treinamento. Atividades como manter o controle da economia, chamar as jogadas e ter consciência das situações são importantes componentes do CS. Se uma pessoa está realizando essas ações, nós consideramos como jogador", disse a Valve. "Como o objetivo dos nossos eventos é identificar o time de cinco jogadores que exibe a melhor combinação de todas as habilidades, a participação dos treinadores no jogo não é compatível com essa meta".
Segundo a Valve, os campeonatos não oficiais não precisam impor a restrição, mas, para que o evento tenha o apoio da empresa, deverá utilizar a nova regra.
O novo regulamento não agradou muitos treinadores e cyber-atletas. Os profissionais utilizaram as redes sociais para se manifestar contra a restrição, comum nos torneios oficiais de League of Legends, por exemplo, nos quais os técnicos só podem se comunicar com os jogadores até a fase de escolha dos campeões.
"Horrível início de dia. Jogadores devem se unir para exigir que treinadores fiquem onde estão. A Valve está matando empregos", escreveu o brasileiro Wilton "zews" Prado, que deixou a função de coach no SK Gaming para jogar peloImmortals. O sueco Robin "flusha" Rönnquist, do GODSENT, também criticou: "Outro dia, outra decisão ruim da Valve".
Fonte: www.mycnb.uol.com.br